O PET (Politereftalato de etila), polímero bastante utilizado na confecção de garrafas de refrigerante, sempre foi tido como um grande problema ambiental devido ao seu consumo excessivo e seu descarte desregrado. Até que despertou-se o interesse na sua re-aplicação na cadeia de suprimentos de matéria prima. Agora ela desperta o interesse também da indústria automobilística.
Em baixíssimo percentual, o PET já é utilizado em 100% dos veículos nacionais novos e inclusive já se faz presente também na Argentina. Ele está presente em todo o carpete que reveste o assoalho dos veículos e também porta-malas.
É bem verdade que o apelo ambiental é forte, mas evidentemente não é o que determinou sua ampla aplicação. Ocorre que no sistema just span>in time empregado nas indústrias automobilísticasmodernas, preço e disponibilidade de matéria prima estão no topo de qualquer pirâmide de prioridades. Ou remanufatura-se o PET, ou teria que importar fibra virgem para a confecção destes carpetes.
Vale ressaltar que a fibra de PET reciclado não perde nenhuma propriedade em relação ao polímero virgem, uma vez que trata-se de um termoplástico. A Renault, por exemplo, fez testes de resistência mecânica e térmica, e como resultado o material resistiu à ação de simuladores de saltos pontiagudos e à exposição a uma temperatura de 90º por 22 horas.