sexta-feira, 29 de junho de 2012

Carros brasileiros reaproveitam garrafas PET


PET (Politereftalato de etila), polímero bastante utilizado na confecção de garrafas de refrigerante, sempre foi tido como um grande problema ambiental devido ao seu consumo excessivo e seu descarte desregrado. Até que despertou-se o interesse na sua re-aplicação na cadeia de suprimentos de matéria prima. Agora ela desperta o interesse também da indústria automobilística.
Em baixíssimo percentual, PET já é utilizado em 100% dos veículos nacionais novos e inclusive já se faz presente também na Argentina. Ele está presente em todo o carpete que reveste o assoalho dos veículos e também porta-malas.
É bem verdade que o apelo ambiental é forte, mas evidentemente não é o que determinou sua ampla aplicação. Ocorre que no sistema just span>in time empregado nas indústrias automobilísticasmodernas, preço e disponibilidade de matéria prima estão no topo de qualquer pirâmide de prioridades. Ou remanufatura-se o PET, ou teria que importar fibra virgem para a confecção destes carpetes.
Vale ressaltar que a fibra de PET reciclado não perde nenhuma propriedade em relação ao polímero virgem, uma vez que trata-se de um termoplástico. A Renault, por exemplo, fez testes de resistência mecânica e térmica, e como resultado o material resistiu à ação de simuladores de saltos pontiagudos e à exposição a uma temperatura de 90º por 22 horas.

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